Lei da Atração, Liberdade e Crenças

Depois de postar "Você é um Camelo?", fiquei devendo um maior aprofundamento na questão. Retornamos ao assunto da Liberdade. E se Você não é um camelo, que pode ser então?...

A metáfora do Camelo, do Leão e da Criança, foi utilizada pelo filósofo Friedrich Nietzsche no século 19 e ainda hoje é utilizada e totalmente válida para apresentar as diferentes facetas da consciência e nossas possibilidades de liberdade.

A partir do nascimento o ser humano age como um Camelo: tem de comer, assimilar e armazenar muitos dados, informações, histórias e ensinamentos que lhe são alcançadas pelos pais, tios, irmãos mais velhos, professores e por toda a cultura em suas demonstrações e imposições: arte, teatro, filmes, livros, arquitetura, mídia impressa, televisiva e outras.

Cabe a este camelo, tão somente ruminar tudo isto para construir seu sistema de valores e crenças. E não costumam fugir muito do existente: religiões, sistemas políticos e as filosofias.

E, segundo Nietzsche, a maiorira das pessoas vive neste estado, ou seja, como um camelo. Passam a vida só assimilando, aceitando, deglutindo. Estas pessoas não tem consciência crítica para refletir sobre a validade de suas Crenças e valores. Estas crenças e valores foram impregnadas, impressas mesmo, em suas consciência com forte apelo de emoção, nada de razão. Então, os camelos, não tem razão aflorada suficiente para questionarem suas religiões ou filosofias, o sistema político e econômico. Lhes é impensável, mesmo, fazer tais questionamentos. As coisas são assim, sempre foram e seguirão desta maneira. Pessoas sem Liberdade.

Os camelos que conseguem dar um salto, que conseguem se destacar das massas, chegam a ser o que Nietzsche chamou de Leão. Os Leões desenvolvem-se através de conhecer mais profundamente as ideologias e os sistemas instituídos e, então, se voltam contra estes.

Os Leões costumam ser líderes, dominam amplamente os camelos e se destacam em suas atuações, sejam nas artes, na política ou nas religiões. (Picasso, Bergman, Francisco de Assis)

Algumas questões que os Leões enfrentam: lutam constantemente uns com os outros em defesa de suas idéias. Podem ser destruídos pelos camelos. São pessoas presas àquilo contra o que lutam. Lutam incessantemente por seus ideais podendo morrer por eles. O leão constitui-se de uma evolução das massas (os camelos) e se faz por si mesmo. É mental e egóico.

Segundo o mestre espiritual Osho, a grande maioria da humanidade está empacada no estado do camelo; a minoria está empostada como leão. E como minoria entenda-se: os pintores, músicos, cineastas, intelectuais, escritores e uma boa parte dos pensadores.

Então, o Camelo é o ser não evoluído, carrega os fardos, não importa de quem são. Os Leões são os lutadores de todas as causas, desde que sejam as suas próprias. Os Leões costumam liderar os Camelos, embora possam ser destruídos por estes.

O Camelo vive no passado e vive do passado. O Leão vive no futuro e para o futuro. Um faz tudo baseado no ontem, nos ensinamentos. O outro entra em ação visando o amanhã, novas formas, novas opções para o futuro.

A evolução se dá quando o ser se distancia de ambos o suficiente para estar no agora, no presente. E este distanciamento é fruto de uma revolução interior, um total questionamento de todas as normas e regras aprendidas. Questionamento interno, não contra outros. Fruto de uma transformação radical interna: estas são denominads por Nietzsche de "Crianças". Este ser humano é renascido de suas questões, de seus questionametnos, de sua inquietação. É pós-mental e pós egóico. Este ser vive no presente, totalmente!

Este artigo tem por objetivo colocar em cheque nossas Crenças, nossas crenças cegas. Tentar fazer com que as pessoas consigam pelo menos se enxergar como camelos. Todo o sistema de Crenças que temos e que nos fazem prisioneiros de nós mesmos.

Com certeza há uma grande parcela das pessoas que querem se manter assim, é mais fácil. Apenas acontecem, existem, sem evolução alguma. Mas, com certeza, parece mais fácil. Os Leões lutam de forma incessante contra as mesmas Crenças que aprisionam os demais. São prisioneiros igualmente.

As Crianças são aqueles que conseguem se livrar do peso das enormes correntes que nos aprisionam. Correntes colocadas por sistemas políticos, econômicos e religiosos. Os tais dogmas não contestáveis, não prováveis, não convincentes muitas vezes. E se Você insiste com o argumento da fé, segue camelo, totalmente camelo.

Como respondeu o Diabo ao ser questionado sobre o que fazer para obscurecer a verdade daqueles que a encontram: "Fácil. É só organizá-la em crenças, sistemas e instituições".

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